Após queda da inflação, Haddad diz esperar mais notícias ‘boas’ em agosto

Segundo o IBGE, inflação caiu 0,08% em junho. Comitê de Política Monetária, do Banco Central, se reúne nos dias 1º e 2 de agosto para definir a taxa básica de juros, hoje em 13,75%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista nesta terça-feira (11)
Reprodução/TV Senado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (11) que a queda de 0,08% na inflação de junho já era prevista e afirmou esperar mais notícias “boas” em agosto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne.
O Copom é composto pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a diretoria da instituição. É responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, o indicador está em 13,75%. Economistas e agentes do mercado esperam um corte na Selic em agosto.
Mais cedo, nesta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, caiu 0,08% em junho.
“Era o esperado, o Brasil hoje está na melhor situação possível, e nós temos tudo para começar um ciclo novo de desenvolvimento. Insisto nisso já há alguns meses. Espero que a gente tenha mais boas notícias a partir de agosto”, afirmou Haddad, após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e outros ministros.
Críticas ao Banco Central
Em meio às críticas sobre a Selic, o governo nomeou dois diretores para o Banco Central, aprovados pelo Senado no início do mês: o ex-número 2 de Haddad na Fazenda Gabriel Galípolo e o funcionário de carreira do BC, Ailton Aquino.
Ambos assumem os cargos nesta quarta-feira (12), a tempo de participar da próxima reunião do Copom, no começo de agosto.
A expectativa é que haja redução da taxa na próxima reunião. Em junho, a ata do Copom trouxe a possibilidade de corte de juros em agosto, com a continuidade na queda da inflação.
Com o resultado do IPCA divulgado nesta terça-feira, a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 3,16%.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a inflação e influencia todas as outras taxas de juros do país. Atualmente, segundo o último relatório “Focus” do BC, o mercado financeiro estima a Selic em 12% no final de 2023.