Dólar opera em leve baixa, com inflação abaixo do esperado


Ontem, amoeda norte-americana caiu 0,37% frente ao real, a R$ 4,9121, no menor patamar em três semanas. Dólar em baixa pela inflação brasileira
Pixabay
O dólar opera em leve baixa nesta quarta-feira (7), após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã.
O indicador, que reflete a inflação oficial do Brasil, teve uma alta de 0,23% em maio frente a abril, numa forte desaceleração mensal e anual, e bem abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para uma alta mais acentuada de 0,33%.
Às 10h20, a moeda norte-americana caía 0,12%, cotada a R$ 4,9063. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar teve baixa de 0,37% e caiu aos R$ 4,9121, ao menor patamar em três semanas. Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de:
0,83% na semana;
3,17% no mês;
6,93% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque do dia é a inflação brasileira, que mostrou uma forte desaceleração em maio e veio abaixo das expectativas. No entanto, o dia deve ser de volume de negócios reduzido, por conta da semana mais curta – amanhã é feriado de Corpus Christi e os mercados não abrem.
Ainda no cenário doméstico, há outra pauta no radar.
“No cenário político, um novo tema surge no radar dos investidores: a tramitação da reforma tributária. Na tarde de ontem, o relator do projeto apresentou o relatório preliminar sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Segundo integrantes, o governo tenta concluir a discussão do texto na Câmara antes do recesso parlamentar, em 17 de julho, priorizando o tema”, comenta Antonio Sanches, analista da Rico Investimentos.
O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que discute a reforma, propôs a adoção de um IVA dual, um imposto seletivo para produtos nocivos à saúde, “cashback” para famílias de baixa renda, além de alíquotas diferenciadas para áreas como saúde e educação.
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No cenário externo, o dia é de agenda esvaziada nos Estados Unidos e investidores começam a especular sobre qual será a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana.
Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,00% e 5,25% ao ano, no maior patamar em 16 anos. Juros elevados no país aumentam os rendimentos dos títulos públicos, considerados os mais seguros do mundo, o que leva a uma migração dos investidores, que retiram seus recursos dos ativos de risco, favorecendo o dólar em detrimento do real.
Além disso, destaque para dados econômicos da China, que vieram piores do que o esperado. As exportações no país asiático caíram 7,5% em maio, abaixo das expectativas de queda de 1,0%. As importações, porém, tiveram uma baixa menos acentuada, de 4,5%, enquanto o mercado projetava 8,1%.
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