No dia anterior, o principal índice do mercado de ações brasileiro caiu 0,61%, aos 117.523 pontos. Ibovespa opera em alta
Pexels
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera com volatilidade nesta quarta-feira (28), oscilando entre altas e baixas na medida em que investidores ainda repercutem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e novos dados de crédito divulgados pelo Banco Central (BC).
Às 12h44, o índice subia 0,07%, aos 117.594 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de 0,61%, aos 117.523 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
queda de 1,22% na semana;
altas de 8,48% no mês e de 7,10% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Na agenda doméstica, o mercado continua repercutindo a ata do Copom do Banco Central do Brasil (BC), divulgada ontem, que trouxe sinalizações de que o ciclo de corte na Selic, taxa básica de juros, pode começar já na próxima reunião, em agosto.
Embora o mercado espere, em sua maioria, uma baixa de 0,25%, especialistas explicam que essa possível queda já impacta a taxa de câmbio. Se os juros caem no país, os títulos de renda fixa brasileiros também passam a entregar uma rentabilidade menor, o que leva a uma retirada de recursos internacionais dos ativos brasileiros.
Segundo Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, o comitê deixou as portas abertas para o corte, mas ainda sem definições.
“O foco agora é a decisão sobre a meta da inflação ainda essa semana, tema importante para tomar as decisões de subir, baixar ou manter juros. Inflação desacelerando, com a prévia do nosso principal índice de inflação mostrando desaceleração nos preços, mas em ritmo ainda devagar. Isso reforça a mensagem do Banco Central de que o processo de queda da inflação exige paciência, e daqui pra frente deve ser em um ritmo mais lento que aquele que vimos nos últimos meses”, pontua Rachel.
O mercado também acompanha os primeiros dados do Censo Demográfico 2022. Os dados mostram que o Brasil tem 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos que as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na última década, o país teve a menor taxa de crescimento anual da população da história.
LEIA MAIS
Censo do IBGE mostra que regiões Sul e Sudeste puxaram o crescimento da população brasileira
Censo do IBGE: Sudeste é a região que mais ganhou população; veja a distribuição pelo Brasil
Censo do IBGE: 4 em cada 10 cidades do país perderam habitantes desde 2010
No mercado internacional, o dia é de agenda mais fraca, com os investidores atentos, sobretudo, à participação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em eventos no exterior, podendo dar discursos que tragam alguma sinalização sobre os rumos das taxas de juros nos Estados Unidos.