Dólar abre em baixa após aprovação da reforma tributária


Na véspera, a moeda norte-americana avançou 1,64%, vendida a R$ 4,9298. Dólar opera em alta
Pixabay
Depois de um pregão de forte alta por conta das perspectivas de altas nos juros nos Estados Unidos, o dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (7), refletindo a aprovação, em dois turnos, da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
A proposta de reforma ainda precisa ser aprovada pelo Senado Federal e, caso ocorra alguma mudança no texto, volta para a Câmara, onde só será votada em agosto.
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Às 09h20, a moeda norte-americana caía 0,33%, cotada a R$ 4,9135. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 1,64%, cotada a R$ 4,9298. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
Altas de 2,94% na semana e no mês;
Queda de 6,60% no ano.

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A proposta de reforma tributária aprovada pela Câmara nesta quinta-feira (7), entre outros destaque, consolida cinco impostos em dois impostos sobre valor agregado (IVA), sendo um federal e o outro com gestão compartilhada por estados e municípios.
Foram 375 votos a favor e 113 contra. Mas, antes de seguir para o Senado, os deputados precisam analisar destaques (sugestões de mudança no texto original). Quatro serão votados na manhã desta sexta.
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“A Reforma Tributária pode ajudar, de fato, no crescimento econômico em médio prazo. Contudo, é preciso avaliar como o setor de serviços, que tem grande peso no PIB, será efetivamente impactado na prática, assim como o agronegócio, que inicialmente foi contra a proposta”, afirma Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama.
O economista destaca que “como boa parte dos detalhes das mudanças vai precisar ser definida em leis complementares posteriormente, a avaliação do impacto real neste momento fica prejudicada.”
No entanto, Espirito Santo pontua que a aprovação é um fator positivo para o mercado financeiro.
Nos mercados internacionais, investidores continuam repercutindo dados dos Estados Unidos que podem indicar que haja uma nova alta nas taxas de juros nos próximos meses.
Na quarta-feira (5), o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mostrou um tom conservador na ata de sua última reunião, reforçando indicativos de novas altas nos próximos meses. É o carro-chefe de repercussão negativa sobre a continuidade do aperto monetário nas economias desenvolvidas.
Além disso, na quinta (6), o Relatório Nacional de Emprego da ADP, por exemplo, mostrou que 497.000 vagas de trabalho foram abertas no setor privado da maior economia do mundo em junho, bem acima das expectativas do mercado (228.000) e dos números observados em maio (267.000).

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