No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,38%, aos 117.666 pontos. Ibovespa opera em alta, puxado pelo exterior.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em leve alta nesta quinta-feira (13), acompanhando os mercados internacionais, enquanto os investidores ainda repercutem os dados de inflação dos Estados Unidos.
Às 10h05, o índice subia 0,10%, aos 117.786 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,09%, aos 117.666 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
queda de 1,04% na semana e de 0,36% no mês;
alta de 7,23% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
As atenções dos mercado globais estão, mais uma vez, voltadas aos dados de inflação nos Estados Unidos. Ontem, houve a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que teve alta de 0,2% em junho e acumulando uma inflação de 3,0% em 12 meses, levemente abaixo das expectativas do mercado.
Os números animaram os investidores e levaram o dólar a fechar em queda no Brasil, enquanto a bolsa de valores avançou. No entanto, a chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, destaca que esses dados ainda não são o suficiente para reverter as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve mais uma vez as taxas de juros no país, hoje entre 5,00% e 5,25% ao ano.
“Nessa linha, dados ainda fortes de atividade econômica e mercado de trabalho divulgados hoje no Livro Bege (análise publicada pelo banco central americano trimestralmente sobre o estado da economia nas diferentes regiões do país) reforçam o tom duro recente dos diretores do Fed”, explica Rachel.
Hoje, investidores repercutem, também, dados da inflação ao produtor na maior economia do mundo, que teve alta marginal de 0,01% em junho, abaixo das expectativas do mercado.
No Brasil, o dia é de agenda mais esvaziada, mas o mercado doméstico continua repercutindo os últimos indicadores econômicos divulgados: a inflação de junho, que recuou 0,08%, e o volume de serviços de maio, que cresceu 0,9%.
Segundo Rachel, apesar de parecer positivo, o crescimento do setor de serviços, que veio acima do esperado, “pode alimentar certa preocupação, se lido sob a ótica de pressões sobre os preços”, já que apesar da deflação registrado no mês de junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) revelou que os preços no setor continuam subindo a um ritmo elevado.
Em outras partes do mundo, o destaque fica com alguns dados econômicos que vieram abaixo do esperado na China e na Europa.
No país asiático, as exportações recuaram 12,8% em junho, contra uma queda menos acentuada projetada por analistas, de 9,2%. Já as importações caíram 6,8%, enquanto a baixa esperada era de 4,0%.
Na zona do euro, a produção industrial teve um leve avanço de 0,2% em maio. O mercado projetava alta de 0,3%.