O principal índice da bolsa de valores recuou 0,32%, aos 117.841 pontos. Ibovespa opera em baixa, puxado pelo exterior.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3 , fechou em queda nesta terça-feira (18), após passar boa parte do pregão oscilando entre leves altas e baixas. Investidores passaram o dia monitorando os mercados internacionais, de olho em dados econômicos e em resultados corporativos norte-americanos.
Por aqui, o desenrolar da reforma tributária e eventuais sinais sobre juros continuaram no radar.
Ao final do pregão, o índice recuou 0,32%, aos 117.841 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,43%, aos 118.219 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:
altas de 0,11% no mês e de 7,74% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes novidades no noticiário doméstico, investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na véspera.
Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.
Com esse resultado, especialistas do BTG Pactual destacam que o mercado passou a precificar com mais força uma sequência de quedas na Selic, taxa básica de juros. Isso porque os juros altos encarecem os custos de tomada de crédito e financiamento e geram uma desaceleração econômica.
“Um corte de juros em agosto é visto como um evento altamente provável pelo mercado. A principal incerteza é se o Copom começará com um movimento de redução de 0,25% ou 0,50%”, comenta Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP).
No exterior, investidores seguiram de olho na temporada de balanços corporativos das empresas norte-americanas, que trazem uma sinalização de como anda a maior economia do mundo para as empresas.
Nesses primeiros dias da temporada de resultados, o Bank of America reportou um lucro de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior e acima das projeções. Analistas explicam que essa alta foi impulsionada, principalmente, pelos juros americanos, que estão entre 5,00% e 5,25% ao ano.
O Morgan Stanley, por sua vez, registrou uma queda de 18% no lucro do segundo trimestre, pressionado por uma queda nos negócios em Wall Street, que atingiu a divisão de investimentos do banco.
Na agenda de indicadores norte-americana, os dados de vendas no varejo de maio vieram abaixo das expectativas do mercado, com uma alta de 0,2% ante o 0,5% projetado.