Novo intervalo para o referencial de juros está na faixa de 5,25% a 5,50% — marcando o maior nível das taxas desde 2001. Sede do Federal Reserv (Fed), Banco Central dos EUA.
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O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou os juros do país nesta quarta-feira (26) em 0,25 ponto percentual (p.p.), para uma faixa de 5,25% a 5,50% — marcando o maior nível das taxas desde 2001.
A decisão veio em linha com as estimativas do mercado.
Combate à inflação
O banco central norte-americano vem aplicando altas na taxa básica de juros para conter a alta inflação do país. Em termos simples, o arrocho monetário é uma forma de dificultar o acesso ao crédito, desaquecer a atividade econômica e, assim, incentivar a queda nos preços.
O objetivo do Fed é aplicar uma política monetária que reduza a inflação à casa dos 2% — marca que não é atingida desde fevereiro de 2021, quando chegou 1,7% no acumulado em 12 meses.
Desde então, foram sucessivas altas na inflação e, consequentemente, na taxa de juros, que vem em uma crescente desde março de 2022.
Efeitos no Brasil
Alta taxa de juros nos Estados Unidos tende a se refletir em alta na cotação do dólar frente ao real, uma vez que há saída da moeda do Brasil, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.
Os efeitos no país, contudo, também podem ser de longo prazo: juros altos nos EUA indicam uma desaceleração da economia mundial, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros.
Essa desaceleração tende a ter efeitos por aqui na forma de uma menor demanda pelos produtos e serviços brasileiros — que pode, no entanto, ajudar a reduzir a inflação doméstica.