Na contramão dos aliados, Campos Neto vota com indicados do governo e alivia pressão política


Presidente do Banco Central votou a favor do corte de 0,5 ponto percentual. Ele era criticado pelo governo Lula e pelo Senado. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu voto de minerva a favor do corte maior na taxa básica de juros de 0,5 ponto percentual, levando a Selic para 13,25% ao ano. Como presidente do BC, ele é o último a votar e atuou quando o placar estava 4 a 4.
Campos Neto divergiu dos seus indicados em 2021: Diogo Guillen, Fernanda Guardado e Renato Dias de Brito Gomes votaram por uma queda menor, de 0,25 ponto porcentual. Os três, somados a Maurício Moura, deram os quatro votos favoráveis, adotando cautela maior sobre o corte de juros.
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Com a decisão, o presidente do BC diminui a pressão política que vinha sofrendo nos últimos meses. A cobrança por uma queda na taxa veio não só do Executivo, mas do Senado, casa que tem a competência para votar sua exoneração do cargo.
Campos Neto também evitou que fosse colocado em lado oposto ao dos dois indicados do governo: Aílton Aquino e Gabriel Galípolo, próximo a Fernando Haddad e que defendia uma queda de 0,5 ponto percentual.
Composição do Copom, responsável por definir a Selic.
GloboNews

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