Dólar abre com volatilidade em dia de aversão global ao risco, com cautela pela economia norte-americana


Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,48%, vendida a R$ 4,8747, mas encerrou a semana com alta de mais de 3%. Cédulas de dólar
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O dólar abriu com volatilidade nesta segunda-feira (7), oscilando entre leves altas e baixas, em mais um início de semana marcado pela forte aversão ao risco em nível global. O foco dos investidores permanece, principalmente, sobre os dados da economia dos Estados Unidos, com uma perspectiva crescente de que o país deve enfrentar uma recessão em breve.
Nesta semana, a maior economia do mundo divulga sua inflação de julho, enquanto alguns dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) devem discursar ao longo dos próximos dias, trazendo novas sinalizações sobre os rumos das taxas de juros no país.
No cenário doméstico, o Banco Central do Brasil (BC) divulgou mais uma edição do Boletim Focus – relatório que traz a mediana das expectativas dos economistas do mercado para os principais indicadores econômicos. Entre os destaques, as projeções para a Selic, taxa básica de juros, caíram de 12% para 11,75% ao ano para o fim de 2023.
Às 09h02, a moeda norte-americana subia 0,03%, cotada a R$ 4,8761. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (4), o dólar teve queda de 0,48%, vendido a R$ 4,8747, mas encerrou a semana com alta expressiva. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 3,03% na semana;
avanço de 3,08% no mês;
recuo de 7,64% no ano.

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A semana começou com novas perspectivas de que os Estados Unidos podem passar por uma recessão econômica em breve.
Na última sexta-feira, o Departamento do Trabalho divulgou os dados de emprego do país em julho e, embora a maior economia do mundo tenha criado menos vagas de trabalho do que o esperado – 185 mil de uma projeção de 200 mil -, a massa salarial continua aquecida para a população, o que pode continuar pressionando a inflação.
Novos dados inflacionários serão divulgados nesta quinta-feira (10), mas membros do Fed já sinalizam que novas altas nos juros podem ser necessárias para continuar controlando o aumento dos preços, destacam os analistas do BTG Pactual.
Juros mais altos nos Estados Unidos atraem o dinheiro dos investidores para o país, tendo em vista que lá estão os títulos públicos considerados os mais seguros do mundo e, com taxas maiores, o retorno destes investimentos também aumenta.

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