‘O que o PPI fazia era referenciar o preço no teto’, diz Silveira sobre política de preços da Petrobras

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (16) que a política anterior de preços da Petrobras, revogada nesta manhã, prejudicava o consumidor ao estabelecer um preço para os combustíveis mais alto que o necessário.
“O que o PPI fazia era referenciar o preço no teto. A Petrobras ficava amarrada nesse teto, e não podia ter a flexibilidade natural de mercado. Por isso, eu chamei de plano de competitividade interna”, disse.
A Petrobras fez dois anúncios nesta terça:
a substituição do Preço de Paridade de Importação (PPI) por uma nova política de preços, cuja fórmula ainda não foi detalhada;
a redução de 21,3% no preço do gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel.
Segundo Silveira, o “equilíbrio da competição interna” vai garantir naturalmente o abastecimento de combustíveis no mercado nacional – sem risco de desabastecimento pelo descompasso entre os valores locais e preços internacionais.
“O desafio do abastecimento interno, o preço de competitividade interna facilita isso. A volatilidade de mercado natural vai se dar conforme o abastecimento interno, em primeiro lugar, e depois a questão da exportação.
Silveira foi questionado sobre o risco de desabastecimento no mercado interno caso haja uma baixa artificial dos preços. Isso porque, se o preço externo for muito maior, o país deixa de importar barris de combustível que, hoje, ajudam a garantir o estoque interno.
O ministro negou que haja risco de desabastecimento.
“É exatamente essa palavra que nos coloca mais otimistas. É dar à Petrobras autonomia para que ela possa ser a indutora da disputa na venda de combustíveis no Brasil. A política feita em 2017, que teve continuidade no governo anterior, travava o preço acima inclusive do PPI”, disse o ministro.

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