Jean Paul Prates criticou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) e disse que “a Petrobras que combinava jogo acabou”. Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, deu entrevista coletiva nesta quinta (2)
Pilar Olivares/Reuters
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em entrevista ao Estúdio i, na GloboNews, que a empresa poderá seguir orientações do governo para compor o preço dos combustíveis e criticou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) que era aplicada anteriormente.
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“A Petrobras do governo anterior é uma Petrobras que combinava esse jogo, mas a Petrobras que combinava jogo acabou e ela vai fazer o que é importante para o Brasil. E se tiver que seguir a orientação do governo, seguirá se fizer sentido para ela, para o consumidor e acionista”, disse.
Segundo Prates, conseguir esse equilíbrio é o principal desafio no momento. Ele reforçou ainda que a empresa vai utilizar a vantagem comercial para definir o preço.
“Estamos dizendo que temos uma banda superior e uma banda inferior como qualquer empresa. No momento que eu abandono a negociação porque não é boa para mim ou quando o cliente abandona a negociação, eu vou entrar nessa faixa em qualquer lugar do Brasil. O que não se pode é querer tabelar o preço da Petrobras, pois não é a mesma coisa para o Brasil todo”, disse.
Primeira redução
Já nesta terça (16), a estatal anunciou uma forte redução nos preços dos combustíveis. A gasolina tipo A caiu R$ 0,40 por litro (-12,6%), o diesel tipo A teve baixa de R$ 0,44 por litro (-12,8%), e o gás de cozinha GLP teve redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).
Especialistas ouvidos pelo g1 consideram que a nova política deve beneficiar o consumidor final no curto prazo, porque impede que oscilações muito drásticas no preço do dólar ou do petróleo sejam repassadas nos combustíveis.
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Presidência da Petrobras
O ex-senador Jean Paul Prates foi confirmado no final de janeiro como novo presidente da Petrobras. Ele já tinha sido anunciado como o escolhido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo ainda em dezembro, no fim da transição.
Em março, o Conselho de Administração da Petrobras definiu que o mandato de Prates como presidente da companhia irá até 2025.