Dólar abre em alta e encosta nos R$ 4,90


No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 1,96%, vendida a R$ 4,8981. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar abriu em leve alta nesta sexta-feira (4), enquanto investidores aguardam pela divulgação dos mais recentes dados de emprego dos Estados Unidos, que devem demonstrar como anda a atividade econômica. Esses números são importantes para guiar as decisões sobre juros no país.
No Brasil, o dia é de agenda esvaziada e os investidores acompanham, sobretudo, os resultados corporativos do segundo trimestre reportados pela Petrobras e pelo Bradesco na véspera.
Às 09h20, a moeda norte-americana subia 0,32%, cotada a R$ 4,9138. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve forte alta de 1,96%, vendido a R$ 4,8981. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 3,53% na semana;
avanço de 3,58% no mês;
recuo de 7,20% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque do pregão desta sexta-feira é a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, pelo relatório payroll, como é conhecido.
Se os dados revelarem que o mercado de trabalho americano continua muito aquecido, isso pode pesar contra os mercados. A forte geração de emprego indica que a população continua com dinheiro na mão, o que pode seguir pressionando a inflação do país.
Por outro lado, se os dados de emprego vierem mais fracos, é um sinal de que a política de alta nos juros empreendida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está gerando efeitos e controlando a atividade econômica.
De todo modo, esses números são observados com atenção pela instituição para decidir quais os seus próximos passos em relação aos juros nos Estados Unidos, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, após uma alta de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed.
Juros elevados na maior economia do mundo aumenta, também, o rendimento dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do planeta.
Assim – principalmente em um momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) começou a cortar a Selic, taxa básica de juros -, especialistas explicam que é natural uma migração de investidores que saem dos ativos de risco para se posicionarem em títulos mais seguros, o que valoriza o dólar em detrimento do real.
No Brasil, além de continuar repercutindo o último Copom, que reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano, os investidores olham para os números divulgados pela Petrobras e pelo Bradesco.
Enquanto a petroleira teve uma redução de 47% no lucro anual, somando R$ 28,782 bilhões, o banco teve lucro líquido de R$ 4,5 bilhões, o que representa uma queda de 36%.
Ainda sobre a Petrobras, nesta manhã o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Petrobras informou estar “no limite do preço marginal” e deve reajustar os preços dos combustíveis no país em caso de oscilação para cima no mercado externo.

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